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Sunday, May 30, 2021

da china a europa de trem

 

Da China à Europa, conheça a rota de trem de carga mais longa do mundo

05 DE DEZEMBRO DE 2018
ANNA SORÔKINA

Vladimir Smirnov/Sputnik
Você sabia que sua camiseta feita na China pode ter cruzado Rússia, Bielorrússia e Cazaquistão antes de chegar à Europa e ser distribuída no Brasil?

Mercadorias feitas na China podem ser encontradas em lojas pelo mundo todo, inclusive no Brasil. Para entregar todos os jeans, camisetas e outros itens para a Europa com mais rapidez, foi lançado em 2016 o maior serviço ferroviário de carga do mundo. O transporte é realizado da cidade chinesa de Yiwu até Madri.

Global Look Press

Ao longo de 18 dias, os trens de carga, repletos de contêineres, percorrem 13.261 km. Metade da viagem ocorre por Cazaquistão, Rússia e Bielorrússia – países da União Econômica Eurasiática (UEE). Este trecho tem 5.430 km de extensão e dura cinco dias e meio, quase o mesmo que uma viagem de Paris a Dubai.

Press photo

O trem viaja então para a Europa por mais de 50 rotas diferentes; entre elas, as que percorrem Polônia, Alemanha e Reino Unido.

Press photo

Como os trens transitam por vários países, a logística é bastante complexa. Na UEE, esse trabalho fica a cargo da Companhia Unida de Transporte e Logística, uma parceria da Aliança Ferroviária Eurasiática com as empresas ferroviárias locais na Rússia, Cazaquistão e Bielorrússia.

Press photo

A complexidade de gerir um serviço ferroviário como esse não está apenas em questões aduaneiras e no controle de tráfego. Na Rússia e outros países da ex-União Soviética, a distância entre as faces interiores dos dois trilhos é larga (1.520 mm), enquanto, na China e na Europa, essa dimensão é mais estreita (1.435 mm). Durante o trajeto, os contêineres têm que ser duas vezes recarregados sobre vagões diferentes.

Press photo

Além disso, o trem faz paradas para inspeções técnicas, mudanças de locomotiva e brigadas, bem como nas fronteiras entre China e Cazaquistão, Rússia e Polônia, ou Bielorrússia e Polônia (dependendo da rota). As paradas levam de quatro a 21 horas. Dentro do território da UEE, o trem segue sem parar.

Press photo

Apesar de tantas paradas, o transporte de carga por trem é de duas a três vezes mais rápido do que por mar, e quase cinco vezes mais barata quando comparada ao transporte aéreo. Por exemplo, o envio de contêineres da China para Hamburgo por via marítima pode levar de 30 a 45 dias.

Press photo

A Aliança Ferroviária Eurasiática transporta mais de 70% da carga em trânsito em todo o território da União Econômica Eurasiática, o que equivale a cerca de 300 trens por mês. São mais de 70 trens operando diariamente.

Press photo

De acordo com a Aliança, em 2017, o volume total de frete transportado nas ferrovias da Rússia, Cazaquistão e Bielorrússia como parte do tráfego entre China e Europa totalizou mais de 279.000 TEUs (unidades equivalentes a 20 pés, usadas para medir a capacidade dos veículos de carga).

No mesmo período, o volume de tráfego de contêineres por via marítima ao longo da rota Ásia-Europa-Ásia foi de 23 milhões de TEUs.

O transporte de contêineres entre a Ásia e a Europa é realizado principalmente pelo mar, que tem sido, historicamente, a principal força motriz do comércio mundial de produtos manufaturados.

Press photo

No entanto, segundo o presidente da Aliança, Aleksêi Grom, além da rapidez, as ferrovias oferecem uma vantagem adicional na medida em que não impõem restrições aos tipos de mercadorias transportadas – ao contrário das remessas marítimas, nas quais as condições climáticas podem causar danos aos produtos.

“Nosso segmento-alvo será sempre cargas sensíveis ao tempo e à regularidade da entrega”, diz Grom. “Transportamos carros e suas peças, eletrodomésticos e eletrônicos, móveis e roupas, alimentos e produtos farmacêuticos, ou seja, a principal variedade de produtos comercializados entre a China e a UE.”

Press photo

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Antiga capital russa conquistou título pela terceira vez, superando cidades como Paris, Nova York e Rio.

Piotr Kovaliov/TASS

Pelo terceiro ano consecutivo, a cidade de São Petersburgo recebeu o cobiçado World Traves Awards (WTA), considerado o ‘Oscar’ da indústria do turismo, como o Melhor Destino Cultural do Mundo, segundo a agência TASS.

Nessa mesma categoria, concorriam as cidades de Paris, Londres, Roma, Veneza, Sydney, Nova York, Rio de Janeiro, Pequim e Quito.

LEIA TAMBÉM: 24 ou 48 horas em São Petersburgo, a capital cultural da Rússia 

Criado em Londres em 1993, o WTA seleciona anualmente candidatos por meio de votação on-line; os concorrentes são então escolhidos por meio de um júri composto por profissionais de turismo e representantes da mídia especializada.

De acordo com as estimativas, o número de visitantes em São Petersburgo em 2018 deverá chegar a marca de 8,5 milhões.

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Estabelecimento no Cáucaso russo enfrentou batalhas na Segunda Guerra Mundial, antes de explodir por falha de um excursionista sem noção.

Alpert/Sputnik

Domínio público

Em 1909, 11 alpinistas montaram um acampamento temporário no Monte Elbrus, a uma altitude de 4.050 metros. Antes de partir, os visitantes escreveram “Abrigo 11” em uma pedra.

Vinte anos depois, alpinistas soviéticos construíram o maior hotel da URSS naquele mesmo lugar e o batizaram de “Abrigo 11”.

Evgenij Nederya/TASS

No início era apenas uma casinha de madeira para algumas pessoas. Em 1932, o edifício foi reformado e passou a acomodar 40 hóspedes. Porém, ainda era bastante desconfortável e tinha estrutura frágil; o vento assobiava pelas rachaduras das paredes.

Domínio público

Em meados da década de 1930, os soviéticos decidiram construir um hotel mais luxuoso no pico mais alto da Europa. O estabelecimento foi projetado pelo arquiteto Nikolai Popov, responsável pelo desenvolvimento do primeiro avião soviético – e isso influenciou o seu projeto na montanha. Em 1940, centenas de alpinistas puderam desfrutar do novo hotel nas alturas. O local possuía quartos confortáveis e um bom sistema de aquecimento, com eletricidade e chuveiros quentes.

Sputnik

Em agosto de 1942, durante a Segunda Guerra Mundial, o “Abrigo 11” foi tomado por tropas de montanha alemãs da divisão de elite Edelweiss, sem que fosse disparado um único tiro. De lá, chegaram ao cume do Elbrus e plantaram uma bandeira para simbolizar a sua posição dominante no Cáucaso.

As tropas soviéticas tentaram recuperar o hotel, mas, apesar dos ataques e perdas, não conseguiram expulsar os alemães. Foi somente após a perda em Stalingrado, em janeiro de 1943, que os nazistas foram obrigados a deixar a fortaleza no “Abrigo 11”.

O “Abrigo 11” sobreviveu às batalhas da Segunda Guerra Mundial, mas não foi capaz de comportar o crescente afluxo de turistas. O estabelecimento pegou fogo em 16 de agosto de 1998.

Acredita-se que um turista tcheco ou russo tenha colocado por engano no fogão uma panela de gasolina, em vez de água, causando uma explosão.

Domínio público

Kemal Kozbaev/Wikipedia

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